sexta-feira, outubro 24, 2003

das coisas que nunca passam..

Sexta-feira de chuva... ADORO chuva... =]
Hoje nem teve cara de outubro. Pareceu mais uma tarde de junho, daquelas bem frias. Ou agosto, ventando. Acho que foi a compensação pelo calor infernal dessa última semana.
O clima hoje me inspirou. Pra desenhar e pra escrever. Aí vai o resultado da meu momento insight, bem antes da prova de física. Todo mundo estudando e eu escrevendo, eu devo ser louca mesmo. Td bem, eu vou tirar 8... (explosão de alegria!)... Acho que eu acordei inspirada pra tudo hoje. =]

DAS COISAS QUE NUNCA PASSAM...

No princípio era dor: nua e crua. Doía pensar, doía falar, doía chorar e doía também sorrir. Doía viver.
Parece que o mundo vai acabar. Parece que te puseram uma venda nos olhos e te largaram num canto estranho e áspero, onde você não vê, não ouve e não sente nada além do desespero de estar machucado.
Mas aí o tempo passa. Passa devagar, cada segundo longo como um ano inteiro. Mas passa. E você tira a venda dos olhos percebe que o lugar não é tão estranho assim. É até (será que é possível?) meio familiar. Em câmera lenta, as coisas voltam a ganhar cores, os dias voltam a ser claros. E já não dói tanto como antes.

(Pausa)

Tem feridas que nunca se curam. A gente aprende a viver carregando elas, por que de uma maneira que eu não sei explicar, elas simplesmente já fazem parte de nós.

(Não sei quando vou me libertar disso tudo. Ou melhor, sei: nunca. Essa minha ferida não tem cura. A única opção é fingir que ela não está aí, sangrando. É esquecer. E assim, ou eu morro de hemorragia ou crio minha própria anestesia. A gente aprende de tudo na vida, principalmente a viver!)