quarta-feira, outubro 08, 2003

E a história cotinua..

Na verdade, o post passado foi a introdução á uma looonga história, que eu (acredito, ou me faço acreditar que) já terminei de escrever.
Esse poema que vem aí foi escrito num momento de raiva. De muita raiva. De uma raiva quase explosiva, incendiária, homicida. Não vale a pena descrever o contexto, não vale a pena nem lembrar. Por isso, fica apenas a mensagem, o desabafo, o aviso...
AVISO A UM MARINHEIRO
03/07/03
Cuidado, não se engane!
Pois foi-se o tempo da coitadinha,
em que eu chorava quietinha
as minhas mágoas.
Foi-se o tempo da vítima,
em que eu aceitava passiva
o vai e vem da vida,
e das mentes da vida,
que não pensavam duas vezes
antes de me espetar
nos espinhos da rosa
que eu mesma cultivei.
Cuidado, não se engane!
Pois já não sou mais a mesma
e talvez você ainda não perceba
pois se antes fui lago,
tranparência e calmaria,
hoje sou mar:
ora imensidão azul,
ora tormenta negra.